30 de nov. de 2009

KOINONIA NO CASAMENTO

Significa comunhão; ter tudo em comum.
"E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum." “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns” (Atos 2:44; 4:32).

É impossível um casamento ir bem sem que haja uma reflexão dos objetivos do cônjuge comparado aos nossos.

Um dia desses, eu estava assistindo um filme de comédia com minha esposa, num dado momento eu a ouvi dizer: “nossa! que lindo...” e eu respondi: “lindo demais!” e continuamos assistindo ao filme; aproximadamente três minutos depois, alguma coisa me tocou que nós não havíamos falado da mesma coisa naquela cena, e eu disse a ela: “nós concordamos que realmente era lindo, mas de que você estava falando?” E ela respondeu: “da casa que era muito linda; de que mais você achou que eu estava falando?” Na mesma cena eu vi um lindo carro que se encostou a frente da casa, mas não vi, sequer, nenhum detalhe da ‘linda casa’; ela me disse que não viu nenhum carro encostando-se a frente da casa. Isto me despertou para falar-lhes sobre “koinonia”. Naquela cena ela desejou a casa e eu o carro. No mundo real, às vezes nos desentendemos porque temos uma natureza, dada por Deus, diferente um do outro, homem e mulher, masculina e feminina; e não sabemos nos harmonizar diante das diferenças. Quero, com isto, exemplificar que nós homens sempre vemos e corremos em busca do que nos interessa e as mulheres vêem outras coisas que as interessam e quando podem vão atrás de seus objetivos, quando não podem, ficam frustradas com o casamento, ou brigam com seus maridos, formando um ambiente de continua contenda. Assim o casamento vira um péssimo lugar para se estar. Daí vem o ditado que “casar é botar uma corda no pescoço”. Quando o salário é só de quem trabalha; quando quem ganha mais diz ao outro que pode mais porque ganha mais; quando quem faz compras, compra mais para si; quando um pode mais que o outro; quando ninguém quer abrir mão de algo em favor do outro; quando ninguém quer se doar; quando um desqualifica o outro com palavras e gestos; quando um disputa contra o outro; quando um tenta impedir ou bloquear o outro; etc.. Com certeza, esse casal não tem comunhão, pelo contrário, marido e mulher são egoístas; e egoísta é aquele que defende o seu “eu”. A defesa do “eu” a bíblia chama de “amantes de si mesmos”, aqueles que têm a si como mais importante que o outro, "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo." (Fp.2:3) “Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos," (II Tm.3:2).

Deus quer que os casados tenham tudo em comum, e para isso, é necessário ao casal sentar-se e traçar objetivos comuns tendo como base a palavra de Deus, que nos manda: “Tenham o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes. Não retribuam mal por mal, nem insulto por insulto; ao contrário bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem a benção por herança. Pois quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde sua língua do mal e seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem, busque a paz com perseverança. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal” (I Pe. 3:8-12. NVI).

No planejamento o casal dever ter em vista o que é bom para o casamento e para família; por isso, os dois devem ceder, abrir mão de certas coisas individuais para que o casal, e consequentemente os filhos possam ser beneficiados com o resultado. As promessas do Senhor vão se cumprir na vida do casal, a partir do momento em que eles começarem a se tornar um. Deus não está interessado em abençoar um em detrimento ao outro. Jamais Deus abençoará um para colocá-lo sobre o outro; Deus abençoa o casal quando vê que os dois são um, quando vê que pode entregar suas benções nas mãos de qualquer um, que os dois serão realizados e glorificarão juntos ao Senhor.
Um exemplo é quando só o marido tem renda e entende que seu salário também pertence a sua esposa, então sua esposa poderá orar e pedir a Deus que lhes de a prosperidade; e Deus, ao abençoar o marido estará atendendo a oração de sua esposa e vice-versa, assim será feito em todas as áreas da vida comum do casal.

Nunca ore pedindo que Deus “pese a sua mão sobre seu cônjuge”, Deus não fará isso; pense bem, se Deus fizer, você é a pessoa quem vai cuidar de seu cônjuge, carregá-lo no colo, dar banho e trocar suas fraldas; se isto acontecer.

Deus te deu um casamento para que você construa uma amizade verdadeira com alguém que realmente te ama, para que você tenha com quem compartilhar suas tristezas; seus desejos; suas alegrias; seu amor; seu vigor e sua velhice. Pense nisso e comece a construir um relacionamento que tenha a marca da comunhão que Deus planejou quando fez a mulher e deu-a a seu marido.

Pr. Moisés Bernardo

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